A economia desempenha um papel crucial na formação de futuros profissionais de Recursos Humanos (RH), dado que este campo é diretamente influenciado pelos ciclos econômicos e pelo dinamismo do mercado de trabalho. Compreender conceitos como oferta e demanda, políticas salariais e indicadores econômicos permite aos profissionais de RH tomar decisões mais estratégicas e alinhadas às necessidades organizacionais. Além disso, essa perspectiva econômica auxilia no desenvolvimento de estratégias que maximizam a eficiência dos recursos humanos, equilibrando custos operacionais e a retenção de talentos.
Segundo Chiavenato (2014) o entendimento de variáveis econômicas é essencial para os gestores de pessoas, pois oferece subsídios para a criação de políticas internas que promovam produtividade e competitividade.
A formação em RH também precisa contemplar habilidades voltadas para a análise econômica, pois essas competências são fundamentais para lidar com questões como remuneração, benefícios e orçamento de treinamento. Durante períodos de instabilidade econômica, como crises ou recessões, o RH desempenha um papel ainda mais estratégico ao buscar formas de otimizar recursos sem comprometer o bem-estar e a motivação dos colaboradores. Dessa forma, o conhecimento em economia contribui diretamente para decisões baseadas em dados, como ajustes salariais ou reestruturações organizacionais, que afetam não apenas a saúde financeira da empresa, mas também a sua cultura organizacional.
Ulrich e Brockbank (2005) destacam que a análise econômica sólida ajuda os profissionais de RH a atuar como parceiros estratégicos, promovendo um impacto positivo nos resultados do negócio.
Por fim, a integração de economia na formação dos profissionais de RH fortalece o papel desses gestores como mediadores entre os interesses empresariais e as demandas dos colaboradores. Essa abordagem permite o desenvolvimento de políticas que atendam aos objetivos organizacionais sem perder de vista os direitos e expectativas dos trabalhadores. Além disso, prepara os futuros profissionais para lidar com tendências emergentes, como a plataformas digitais e o impacto da automação, que requerem soluções inovadoras e economicamente viáveis.
Conforme Robbins (2020) entender o ambiente econômico capacita os gestores a antecipar desafios e criar estratégias resilientes, promovendo a sustentabilidade e o crescimento organizacional.
Referências bibliográficas:
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson, 2020.
ULRICH, D.; BROCKBANK, W. O futuro do RH: construindo a competitividade através das pessoas. São Paulo: Bookman, 2005.
Sobre o autor:
Prof. Dr. Lizandro Poletto
Professor e Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos